sexta-feira, 6 de março de 2009

HISTÓRICO DE AREIA BRANCA


HISTÓRICO DE AREIA BRANCA

Pesquisa de: Cicero Souza Sobrinho*


Os primeiros relatos do povoamento de Areias datam de 1900, quando o Relatos dos moradores mais antigos – ainda vivos – D. Rosa Tenório, Sr. Manoel Joaquim, D. Gracinda Tavares, Sr. Antonio Vicente, D. Arlinda DE TAL, D. Gracinda Baia, D. Josefa, irmã de D. Gracinda. – ainda vivos – indicam que a Igreja de Areias nessa época era uma palhoça onde os fieis faziam suas orações, e tempos depois o Padre Luis Cirilo Silva passou a receber os fiéis que vinham dos sítios e administrar o batismo para seus filhos. – Isso se dá por volta de 1915 – como sendo o início das manifestações religiosas na localidade de “Zareia”, como era conhecida a localidade, por conta do solo ser arenoso e de cor um pouco esbranquiçada, hoje Povoado de Areias Branca.
D. Arlinda e o Sr. Antonio Vicente afirmam que participaram de missas em baixo dessa palhoça.
Essas manifestações religiosas tiveram início com a construção da palhoça, quando D. Rosa Tenório fez uma promessa a Santo Antonio, devido à falta de chuvas na região.
Com o início de um período de chuvas, D. Rosa Tenório, juntamente com seu esposo o Sr. Manoel Joaquim resolvem então homenagear o Santo com uma festa anual.
Aí começam as peculiaridades. Por ser o responsável direto pela organização, a festa recebe o nome de “Festa de Manoel Joaquim”.
Mas há outro fato curioso. Antes de ser festa em homenagem a São Sebastião, foi festa em homenagem à Padre Cícero. Segundo nos conta a senhora Domicilia Tavares:
– O primeiro padroeiro aqui de Areias foi padre Cícero. Havia nessa época uma imagem do Santo!
Dona Domicilia não lembra da origem da imagem.
O Padre Luiz Cirilo Silva dando apoio à comunidade, constrói a 1ª Igreja de tijolos na comunidade. A Igreja ficava quase no meio da rua, atravessada em direção à pista.
A imagem de São Sebastião fora trazida pelo Padre Cirilo.
Na década de 70 a comunidade resolve demolir a Igreja para reconstruí-la em outro local, seguindo o alinhamento das outras casas. Os senhores Pedro Liberato, Edivaldo Pereira, Sebastião Osório e Cícero Rosa são os responsáveis pela demolição da Igreja. A reconstrução fica também sob a responsabilidade deles, mas por conta de complicações políticas, resolvem não continuar a obra.
O Prefeito Adeildo Nepomuceno manda construir a Igreja em um terreno doado pelo Sr. Manoel Joaquim.
No dia 06 de Março de 1964 no Posto Fiscal, segundo relatos da Srª Marinalva Cordeiro:
– os fiscais passaram o dia todo “prendendo” carros que por ali passavam.
Ao ser informado que um dos seus carros havia sido retido, o proprietário de caminhões de transporte o Sr. Cleodon Teodósio chega ao povoado para saber do ocorrido.
Começa a discutir com os Fiscais do Posto.
Após algum tempo de discussão, Cleodon é morto pelos fiscais. A Srª Marinalva Cordeiro diz que logo em seguida vieram vários carros de Santana e as pessoas começaram a depredar e atear fogo ao Posto Fiscal. Nessa hora, José Soares Tavares – seu irmão já falecido – descarregava um caminhão havia sido preso. Toda população ficou indignada com o ato de vandalismo e barbárie.

13 de Setembro de 2002 é inaugurada a Rádio a Voz do Sertão.


Sobre o padroeiro
São Sebastião


S. Sebastião foi um dos muitos soldados romanos que por sua fé em Jesus foi martirizado. É uma pena que só se pode saber de sua história através das atas de seu martírio que foram escritas dois séculos mais tarde. Em quase todas as atas de martírios de santos e santas, os escribas tinham ordens de colocarem muitos detalhes do martírio e dar pouca ênfase ao martirizado.(isto era para assustar os futuros cristãos visto que as atas eram colocadas na cidade onde ocorria o martírio, e na biblioteca de Roma).Um soldado do exército, nosso santo nasceu em Narbona, França, no final do século III e desde muito pequeno seus pais mudaram para a Milão onde cresceu e foi educado. Seu pai era militar e nobre e ele quis seguir a carreira do pai, chegando a ser capitão da primeira corte de guarda pretoriana, um cargo que só se dava a pessoas ilustres e corretas. Sua dedicação a sua carreira valeu elogios de seus companheiros e principalmente do imperador Maximiano. Cumpre recordar que o império romano na época era governado no, oriente por Diocleciano e no ocidente por Maximiano. Maximiano ignorava que Sebastião era um cristão de coração e ainda que mesmo cumprindo as suas tarefas militares, não tomava parte nos sacrifícios nem nos atos de idolatria. Sempre que podia, visitava os cristãos encarcerados e ajudava aos mais fracos, doentes e necessitados.Podia se dizer que era um soldado dos dois exércitos: o de Cristo e o de Roma.
Maximiano empreendeu uma depuração de elementos cristãos nas forças armadas expulsando todos os cristãos de seus exércitos. Cabe dizer que o soldado do exercito romano era voluntário. Só era obrigatório servir, os filhos de militares, como era o caso do nosso Sebastião. Quando um soldado o denunciou. Maximiano sentiu-se traído por Sebastião e rapidamente o chamou e exigiu que renunciasse ao cristianismo.Ante tal situação, Sebastião comunicou ao imperador que não queria renunciar as suas crenças cristãs e o imperador ordenou a sua morte. Mas Maximiano ordenou a sua morte de maneira a mais desumana. Ordenou que seus melhores arqueiros o flechassem! Os arqueiros o desnudaram, levaram-no ao estádio de Palatino, o ataram a um poste e lançaram nele uma chuva de flechas e o abandonaram para sangrar até a morte.Irene, uma mulher cristã, providencial, que apreciava os conselhos de Sebastião, junto com um grupo de amigos, foram ao local onde estava o santo, e com assombro, comprovaram que o mesmo ainda estava vivo.
O desamarraram e Irene o escondeu em sua própria casa e curou as suas feridas. Passado um tempo, nosso querido santo, já curado, quis continuar seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, com valentia apresentou-se de novo a Maximiano, o qual ficou assombrado. Maximiano não deu ouvidos os pedidos de Sebastião para que deixasse de perseguir aos cristãos e ordenou a seus soldados que o açoitassem ate a morte.
Após sua morte, foi enterrado em um cemitério subterrâneo sob a Via Apia. Mais tarde a Igreja construiu na parte posterior da catacumba um templo em honra do santo: A Basílica de São Sebastião que lá existe até hoje e recebe grande romaria dos seus devotos. Existe ainda uma capela em Palatino em homenagem a São Sebastião.Em baixo uma foto de uma pintura (museo de Pushkin) mostrando Irene curando as feridas de São Sebastião.A Irene que cuidou de São Sebastião, é a Santa Irene cuja festa é celebrada no dia 30 de março.

Sua festa é celebrada no dia 20 de janeiro


No Brasil, varias cidades tem seu nome como São Sebastião do Paraíso e São Sebastião dos Franciscos (Capitólio-MG) e nelas a igreja matriz tem o seu nome.
Algumas outras cidades com o nome e padroeiro São Sebastião:
# São Sebastião do Barreiro - São Sebastião do Carangola# São Sebastião do Dionísio - São Sebastião do Engenho Novo # São Sebastião do Erval - São Sebastião do Gil - São Sebastião do Grota
# São Sebastião do Itatiaiuçu - São Sebastião do Monte Verde# São Sebastião do Óculo - São Sebastião do Oeste - São Sebastião de Paraúna# São Sebastião do Pouso Alegre - São Sebastião do Rio Preto
# São Sebastião do rio Verde – São Sebastião do Rio de Janeiro.

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* É professor da Rede Municipal em Santana do Ipanema

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